São Tomé e Príncipe: notas sobre sindicalismo, informalidade, desemprego e volatização da confiança política e social em terra de pobreza

Augusto Nascimento

Resumo


A par da resenha histórica do sindicalismo em São Tomé e Príncipe - do tutelado sindicalismo branco da era colonial ao sindicalismo livre dos derradeiros anos -, neste texto formulamse questões em torno da repercussão das tramas da situação política e social na actividade
sindical nos dias de hoje.
Desde 1975, o país conheceu uma trajectória de empobrecimento. Dados os circunstancialismos políticos e sociais, caberá, por exemplo, inquirir se não prevalece algum voluntarismo na interpretação dos sindicatos como uma organização elaborada, qual estágio final do subentendido percurso associativo, e como a forma preferida de sociabilidade dos trabalhadores,
o que também implica questionar se a condição de assalariados é a desejada pela maioria dos ilhéus. Na verdade, as práticas de subterfúgio, necessárias à angariação da subsistência, são uma resposta adaptada
às pressões laborais e, num plano mais geral, económicas e sociais sobre os trabalhadores.
Parecem mais decisivas do que a militância sindical.


Palavras-chave: São Tomé e Príncipe, Colonialismo, Sindicalismo, economia informal.


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