O pároco e o facultativo : comparando definições de morte nos registos paroquiais e hospitalares de uma vila transmontana no final do século XVIII e início do século XIX

Manuel António Pereira Couto

Resumo


Conhecemos alguns traços definidores da mortalidade no passado graças a estudos de registos paroquiais. Não obstante as lacunas que apresenta, ou possa apresentar, esta fonte fornece informações sobre a idade, o género, a geografia, a sazonalidade e, por vezes, as causas de morte. Através da sua análise, observa-se a sazonalidade «da morte», com períodos tradicionalmente «propícios», e, por via disso, sugerem-se causas prováveis. Coloca-se aqui um problema relevante. Os conhecimentos médicos eram, naturalmente, escassíssimos e a classificação de causas de morte era basicamente inexistente. É, desde logo, um problema conceptual que a abordagem aos assentos de óbito encerra. Confrontámos os registos de óbito de uma paróquia transmontana com os registos de um hospital da Misericórdia aí situado. O estudo comparativo da informação produzida entre os anos de 1796 e 1819 permitiu, entre outros aspetos, conhecer um pouco mais sobre causas de morte ocorridas ou como a utilização de determinadas terminologias,nos registos paroquiais, não se deveu, no fundamental, aos médicos.

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