Uma história de Dolia : uma primeira análise aos recipientes cerâmicos de armazenagem de Vale do Mouro (Coriscada, Meda)

Pedro Pereira

Resumo


O dolium ou a talha, como é vulgarmente designado nos nossos dias, é muito provavelmente um dos tipos cerâmicos com maior pervivência ao longo da História da cerâmica em Portugal. É também um dos tipos de cerâmica menos estudados no nosso território. A história da cerâmica romana em Portugal tem-se centrado, essencialmente, nas cerâmicas de luxo e de importação, como as sigillattae ou as ânforas, ou em produções locais representativas de uma determinada zona, como as cerâmicas finas cinzentas. Os dolia têm representado, frequentemente, um caso a parte. Muitas vezes, os vestígios descobertos não chegam a ser estudados, mesmo quando as escavações arqueológicas revelam uma predominância deste tipo de peças. O seguinte trabalho insere-se num estudo mais global, que temos vindo a desenvolver, das peças de tipo dolium presentes no Vale do Douro e na Beira Interior, em contextos arqueológicos datáveis dos séculos II a IV. Tomámos, aqui, como ponto de partida o trabalho realizado por Tony Silvino e Guillaume Mazza sobre a estrutura de produção de dolia em Rumansil (Mós do Douro, Vila Nova de Foz Côa). Neste artigo, apresentamos os resultados preliminares da análise dos vestígios de dolia provenientes da villa de Vale do Mouro (Coriscada, Mêda), escavado entre 2003 e 2010, onde nos foi possível realizar um levantamento e estudo sistemático dessas cerâmicas.

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