«Errare humanum est»: o erro na metodologia das humanidades

Maria Luísa Malato

Resumo


O comportamento errático das pessoas e dos raciocínios tem comummente um sentido pejorativo. Entre o judeu errante e o pensamento errático, pesa uma indelével punição. Por outro lado, se errar é humano, o homem é também metaforicamente, um ser errático, torto: Kant di-lo um lenho. O erro tem porém uma terceira categorização: já não é somente falta ou fatalidade, mas também funcionalidade. Em muitos filósofos e viajantes, a errância e o erro tornam-se sinónimos da independência, coerência e método. E em áreas tão distintas
quanto a edição crítica, a historiografia literária, ou a escrita criativa, o erro vai fazendo parte de uma «metodologia», isto é, desde logo etimologicamente, de um conhecimento (-logia) feito através (meta-) do percurso (-odos-).


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