Dos construtos teóricos para as aplicações: o professor como um dos mediadores

Maria da Graça L. Castro Pinto

Resumo


Abordam-se, neste texto, aspectos relativos à linguagem sob diferentes
perspectivas, por forma a evidenciar a pertinência de uma preparação suficientemente abrangente quando se equaciona quer a relação entre construtos teóricos e aplicações, quer a existência de possíveis mediadores. Um olhar rigoroso para a supramencionada relação conduzirá à avaliação do peso de cada um dos seus termos e a não sobrevalorizar ou subvalorizar indevidamente cada um deles, com base ou não em preconceitos. São convocados para ilustrar a leitura que se defende: 1) os conceitos espontâneo e científico e o seu trajecto ontogenético, partindo da definição de frase e da aquisição de estruturas da
língua pela criança da pré-escola e do primeiro ciclo do ensino básico; 2) a distinção entre estudos descritivos da língua e a língua em acção; 3) as abordagens teóricas vistas como estratégias de pesquisa; 4) a influência dos avanços das neurociências no modo de olhar a linguagem. A concluir e retomando a parte final do título deste texto, destaca-se, no que à língua diz respeito uma vez que de Linguística se trata, a intervenção responsável e apoiada num conhecimento sólido dos possíveis mediadores na citada relação (professores, autores de programas e de manuais escolares e revisores). Deles se espera que detenham uma formação que lhes permita conhecer quem vai adquirir o quê e de que forma e um poder crítico que os capacite para uma ponderação rigorosa de cada um dos termos da referida relação e para
uma rejeição imediata de aplicações cegas dos variados construtos teóricos.


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