O professor com deficiência visual no ensino da História e Geografia: questões em torno da sua adaptação e sucesso profissional

Elisabete Domingos

Resumo


As pesquisas acerca da educação inclusiva relatam experiências entre professores ditos «normais» e alunos com e sem deficiência em ambiente escolar. Observando essa realidade de outro ângulo, como se apresentam essas relações quando o professor é deficiente? Neste contexto, o presente artigo pretende aferir a opinião dos alunos da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos Gomes Teixeira, relativamente ao facto da deficiência visual constituir ou não um obstáculo ao desenvolvimento da função docente em História e Geografia. Recorrendo à aplicação e análise de dois questionários (elaborados no início e no final do ano letivo), conclui-se que, quer para os professores total ou parcialmente privados do sentido da visão, quer para os alunos inquiridos, a deficiência visual não é um obstáculo ao exercício da profissão docente, embora todos reconheçam a existência de dificuldades na concretização de algumas tarefas.

Texto Completo:

PDF

Referências


Cavalcante, R.; Calixto, P.; Pinheiro, M. (2014). Análise de Conteúdo: considerações gerais, relações com a pergunta de pesquisa, possibilidades e limitações do método. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, V.24, nº.1, pp. 13-18.

Ceia, C. (27 de Novembro de 2002). A Identidade do Professor na Perspectiva Social. In IIª Jornadas de Educação: Da escola que temos à escola que queremos. Centro de Recursos da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Disponível em: http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/images/stories/PDF/educare/identidade_prof.pdf. Acesso em 07 de Dezembro de 2014.

Decreto-Lei: Estatuto da Carreira docente. Diário da República, 1.ª série — n.º. 120/2010, de 23 de Junho.

Domingos, E. M. (2015). O Professor com Deficiência Visual no Ensino da História e Geografia: questões em torno da sua adaptação e sucesso profissional. Relatório de Mestrado em Ensino de História e Geografia no 3º Ciclo e Secundário. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Hill, M.; Hill, A. (2002). Investigação por questionário. Lisboa: Edições Sílabo.

Martins, B. D. G. S. (2005). A Angústia da Transgressão Corporal: A Deficiência assim Pensada. Disponível em: http://www.ces.uc.pt/publicacoes/oficina/index.php?id=2590. Acesso em 1 julho 2014.

Nogueira, Roberto. (2002). Elaboração e análise de questionários: uma revisão da literatura básica e a aplicação dos conceitos a um caso real. Rio de Janeiro, UFRJ/COPPEAD, 26 p.

Nóvoa, A. (1991). Profissão Professor. Coleção Ciências da Educação. Porto: Porto Editora;

Portugal, H. (1982 - 1998). Senti na Pele – O Deficiente Visual. (Compêndio de diversas comunicações de Henrique Portugal em Seminários, Conferências e Palestras). Disponível em: http://www.manancialvox.com/biblioteca/Henrique-Portugal-SENTI-NA-PELE-O-Deficiente-Visual.txt. Acesso a 24 de Maio de 2014.

Saint-Georges, P. (1997). Pesquisa e crítica das fontes de documentação nos domínios económico, social e político. In: Práticas e métodos de investigação em Ciências Sociais. (Iª Ed.). Lisboa: Publicações Gradiva.

Oliveira, E.; Silva, T.; Padilha, M.; Bomfim, R. (2012). Inclusão social: professores preparados ou não? Disponível em http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/3103/2224. Acesso em 18 julho 2017.


Apontadores

  • Não há apontadores.