FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DA VISÃO DE DEUS EM AGOSTINHO DE HIPONA

Paula Oliveira e Silva

Resumo


Este artigo analisa dois aspetos da mundividência de Agostinho de Hipona: a questão do fim do homem como posse do bem comum ou Deus e as propostas para alcançar essa meta; e a natureza do estado de beatitude, ao qual pertence a visio dei ineffabilis. O artigo examina os tipos de visão de realidades espirituais considerados por Agostinho e identifica as condições de possibilidade da visão de Deus e a sua natureza específica. Conclui que a visão de Deus, para Agostinho, não é um fenómeno de natureza estritamente cognitiva, mas envolve todas as dimensões do ser humano, nomeadamente a vontade. Mais do que uma experiência de cognição, a visio dei é a vivência da própria essência de Deus, como comunhão de diferentes. No ser humano, ela identifica-se com a vivência da caritas, que envolve a comunhão com todas as criaturas, racionais e irracionais.

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