Legado, paisagem e turismo … pelo Minho na procura de uma dimensão sensorial

Luís Martins

Resumo


O desenvolvimento do turismo em territórios que escapam aos principais circuitos turísticos e aos mais evidentes processos de massificação tem contribuído para lançar “olhares” interessados sobre o tema da paisagem. Entre diversas consequências daí decorrentes, emergem um novo folgo no debate teórico e uma maior visibilidade de muitos desses territórios, pelo menos quando suscitam a atenção, ainda que fugaz, do visitante.

Este reconhecido interesse permite à Geografia recuperar algum entusiasmo no debate e, em simultâneo, constatar que nos últimos anos não só diversas outras áreas de conhecimento têm conferido especial destaque à paisagem como as mudanças em curso passaram a reclamar contributos de todos os domínios científicos relevantes para esse estudo.

Na perspectiva da Geografia retomar o tema obriga a ensaiar processos de revisitação de autores e de textos incontornáveis, entre os quais avultam, neste contexto, Humboldt e o Cosmos quando o investigador sublima o gozo na «contemplação da natureza». Hoje, esse gozo deixou de constituir um exclusivo do investigador, antes surge na sequência de novas formas de relacionamento entre os visitantes e os territórios agora reinterpretados com filtros de informação tecnológicamente mais poderosos, ainda que na procura das mesmas emoções que animam os investigadores há séculos.

Identificar as dimensões que compõe a construção deste conhecimento, a relação com as multiplas perspectivas sensoriais em leituras que transcendem uma visitação apressada, constitui um desafio à Geografia na actual relação entre o turismo e o território.

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