Quatro variações sobre corpo e natureza

Mário Santiago de Carvalho

Abstract


Diversamente do historiador das ideias e do elegante pudor que o caracteriza, o lósofo não pode ou não deve olhar para o passado que é o tempo da sua disciplina esquecido do seu presente.1 Nunca foi outra a atitude dos nossos próceres. Destarte, tratar do corpo e da natureza entre os séculos XII e XVII não pode ignorar que a esta se coloca hoje em dia o desa o pressuroso de uma «nova aliança». Quanto àquele, e após os regimes do «corpo máquina» e do corpo «espécie biológica»2, ameaça-o agora, vindo de todos os lados da ciência e da técnica, o paradigma de um «corpo-cyborg» que é, no m de contas, a con uência requintada dos dois modelos referidos.3 Por outro lado (e deixaremos por tratar do «corpo virtual» ou do «corpo gadget» atravessado por piercings tanto quanto do «corpo lugar» de um Pina Bausch ou do «corpo iluminado» de um David Mourão Ferreira), uma outra ideia de corpo ainda coloniza nos nossos dias o princípio da natureza.


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