Ciência da Informação e comportamento informacional Enquadramento epistemológico do estudo das necessidades de busca, seleção e uso

Armando Malheiro da Silva

Resumo


Embora seja reconhecido, na área, uma persistente e incómoda falta de consenso epistemológico acerca do perfil científico, da matriz teórica e da configuração metodológica da Ciência da Informação, também é fato que não desarmam as tentativas de se chegar a esse consenso, através de duas vias principais: pela perspetiva cumulativa e fragmentada que insiste na existência de uma interdisciplina onde coexistem, juntas e autónomas, a Biblioteconomia, a Documentação, a Arquivística e a Information Science (que é a disciplina surgida nos EUA, no pós-II Guerra Mundial, com um viés acentuadamente tecnológico para processamento da informação técnica e científica); e pela perspetiva evolutiva, baseada na transdisciplinaridade, que defende a transformação de todas essas disciplinas num novo estádio de evolução disciplinar, em que emerge uma Ciência da Informação trans e interdisciplinar, que está sendo ensinada e desenvolvida na Universidade do Porto, Portugal. Adota-se, aqui, a segunda via e apresenta-se o objeto desta CI dividido em três grandes áreas de pesquisa: a produção; a organização e representação da informação; e o comportamento da informação. O presente artigo incide claramente na terceira área e enfatiza um aspeto central, ainda que algo específico – a problemática das necessidades subjacente ao processo de busca, seleção/avaliação, uso e reprodução. Para tanto, revisita-se a literatura através da sinopse elaborada por Aurora González Teruel e recupera-se o contributo, hoje menos valorizado, do autor francês Yves Le Coadic.

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