O mundo da arte urbana emergente: contextos e atores

Ricardo Campos, Agata Sequeira

Resumo


A partir da década de 90 do século passado, o fenómeno  do graffiti  passou a fazer parte da  paisagem  das  cidades  portuguesas.  O graffiti   emergente neste  período derivava  de  uma manifestação cultural com  cerca  de  duas  décadas  de  vida, tendo  por  origem  as cidades  de Filadelfia  e Nova  lorque.  Nos últimos  anos  a tolerância  social  a estas manifestações de  índole popular  e informal  foi aumentando,  o que  resultou,  em paralelo, numa  crescente  legitimação  e institucionalização destas praticas. Convivendo com o graffiti  na cidade deparamo-nos, hoje, com um conjunto de outras expressões estéticas e artísticas que derivam deste fen6meno. No discurso comum e especializado  encontramos recorrentes  alusões a street art ou arte urbana. Neste artigo argumentamos que a arte urbana se tem vindo  a constituir enquanto  um mundo da arte (Becker, 2010) ou um campo  de produção artística  emergente  (Bourdieu, 1996). A nossa reflexão parte de um projeto  atualmente  em curso na Área Metropolitana de Lisboa, em que se procurou entrevistar um conjunto variado de atores sociais associados a este campo.


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 ISSN 2184-3805